Resenha:
Um Cavalheiro a Bordo - Os Rokesbys 3
Autor:
Julia Quinn
Editora:
Arqueiro
288 páginas
Poppy
traz em si a essência de ser uma mulher Bridgerton, uma jovem corajosa,
comunicativa e divertida. A história começa quando Poppy descobre um
esconderijo de contrabandistas dentro de uma caverna, enquanto passeava pela
costa. Tudo acontece muito rápido, a jovem acaba sendo pega espionando e levada
por dois piratas que a sequestram e a levam a bordo de seu navio, onde se torna
refém do capitão.
“Não
sabia muito bem o que esperava ver ali – bem, na verdade, esperava exatamente o
que via: o oceano, quilômetros e quilômetros de água até a borda azul do
horizonte. Ainda assim, não estava preparada para a mais pura beleza que estava
testemunhando, para a imensidão de tudo aquilo.”
“Mas
era lindo. Não, era mais do que lindo; era estupendo, a ponto de quase deixa-la
feliz por todas as circunstâncias que a levaram àquele momento.”
[...]
a música estava lá, ela sentia as notas
reverberando na pele: a canção suave do vento e das ondas. Se ela fosse
qualquer outra pessoa – não, se ele fosse qualquer outra pessoa -, aquele
momento teria sido feito para o romance, um instante de expectativa.”
Até
então esse é o segundo livro que mais gostei da série. Adorei a interação e
romance entre Andrew e Poppy, amo quando a autora nos traz um Bridgerton a
história, até porque me parece que Julia Quinn tem uma relação mais carinhosa
com esses personagens, em minha opinião tudo fica mais divertido, é como se o
humor da autora, algo típico em seus romances, ficasse ainda mais
aflorado.
“Você
me irrita como uma verruga irrita o pé, como a chuva irrita a dona de uma festa
no jardim, como todas as citações erradas de Shakespeare irritam o âmago da
minha alma!"
“Em
outra vida, em outro mundo, ele se inclinaria na direção dela. Ela ergueria o
rosto. Um beijo aconteceria. Seria ousado. Escandaloso. Engraçado pensar que,
se estivesse em Londres, sua reputação seria arruinada por um singelo beijo. A
ideia parecia trivial quando comparada com, hã, ser sequestrada por piratas.”
“Poppy
se forçou a não reagir à expressão dele. Ele tinha aquele jeito de olhar que
fazia Poppy se sentir a única pessoa do mundo. Um olhar intenso e estimulante
[...]”
“[...]
o momento havia se transformado em um poema, versos sussurrados pelo vento na
cadência das ondas que subiam e desciam em sua métrica misteriosa. E se o mundo
à volta se tornara um soneto, o objeto de louvor era ela.”
Minha
única ressalva sobre esta obra é o tempo que Poppy é mantida em cativeiro, por
mais que os diálogos entre ela e Andrew fossem ótimos, achei um desperdício
deixar a história muito tempo limitada em um ambiente só, e isso não é uma
crítica ruim, é que esses personagens são tão bons que siiim!!!! mereciam
muito mais. Além disso, a autora sabe desenvolver muito bem personagens
secundários e senti falta de uma maior movimentação do tipo, que é o que
acontece mais do meio para o final do livro, em minha opinião a melhor parte da
trama.
“Uma
mulher a bordo não é capaz de fazer com que um raio atinja o mastro, muito
menos de atrair uma praga de ratos e gafanhotos. Não - em vez disso, ela
enlouquece os homens. Quando chegasse a Portugal, ele teria perdido a metade da
sanidade e, quando enfim retornassem a solo inglês, estaria completamente
doido. Lunático. Delirante...”
“A
vida toda, Poppy havia se considerado uma pessoa curiosa e de mente aberta, mas
estava começando a perceber como seu mundo era restrito.”
Mas
claro que querer mais não é algo que tire o mérito da história, até porque
sinceramente eu amei demais a parte de ação e o desfecho entre Andrew e Poppy,
portanto saibam que a história vai ficando cada vez melhor. Andrew e
Poppy super conquistaram meu coração, com diálogos divertidos e inteligentes e
cenas que me deixaram encantada e me fizeram gargalhar muito, de doer a barriga, José
que o diga.
** Algumas CURIOSIDADES:
Malassadas: A autora descobriu as malassadas em Honolulu, enquanto visitava sua irmã, na
Leonard's Bakery, fundada em 1952 por Leonard & Margaret Rego. Leonard era
neto de imigrantes portugueses e, quando introduziu a "Donut
portuguesa" no Havaí, foi um sucesso instantâneo
Mapa dissecado: A autora se deparou com a ideia de mapas
dissecados quando estava pesquisando a história dos quebra-cabeças. Há alguma
discordância sobre quem fez o primeiro, mas John Spilsbury, um cartógrafo e
gravador de Londres, certamente foi um dos primeiros fabricantes. Um mapa seria
sobreposto em madeira fina e, em seguida, cortado ao longo das fronteiras
geopolíticas com uma serra manual.
Eloise G.F
AAAA eu fico morrendo de vontade de ler, mas ainda não consegui terminar os bridgertons hahah
ResponderExcluirMAs calma que chego nessa serie!
Eu nem ligo de ler pq não tem como pegar spoiler, até eu ler eu esqueço hahaha
Mas fico toda boba pq sei que vou gostar!!
osenhordoslivrosblog.wordpress.com
Oi Vivi,
ExcluirAté então não dá para pegar nenhum spoiler de Os Bridgertons nesta série da autora, claro que é mencionado a família Bridgerton sim, mas é uma geração antes da história da série. Então pode ficar tranquila caso queira se aventurar nestes livros também.
Quando puder confira sim <3
Bjux!