Resenha: O
Silêncio do Túmulo
Autor: Arnaldur
Indridason
Editora: Companhia
das Letras
320 páginas
Essa foi
minha experiência com este autor e foi a primeira vez que li um romance policial
de um escritor islandês e confesso que me surpreendi bastante com o
resultado.
Protagonizado
pelo detetive Erlendur, acompanhamos uma investigação sobre um misterioso
esqueleto datado da Segunda Guerra, um aspecto que já me fisgou logo de cara
pois adoro desvendar mistérios do passado e aquele esqueleto tinha uma história
para contar.
“Todos nós
estamos esperando o fim do mundo, disse. Seja com um cometa ou com qualquer outra
coisa. Todos nós temos nosso dia de juízo final. Alguns o atraem para si mesmos.
Outros o evitam. A maioria de nós o teme, mostra que o respeita. Você, não.
Você nunca mostrou respeito por nada. E você não tem medo do seu pequeno dia do
juízo final.”
Enquanto arqueólogos trabalhavam lentamente na remoção do esqueleto afim de analisá-lo, o detetive Erlendur com sua equipe tentava desvendar os segredos que rondavam o esqueleto e quais histórias ele ou ela poderia estar envolvido(a). No decorrer da investigação muitos segredos são revelados e histórias antes esquecidas, relembradas. Em paralelo acompanhamos os dilemas da vida pessoal do investigador e uma outra história de uma família, onde uma mulher sofre abusos domésticos do marido.
Enquanto arqueólogos trabalhavam lentamente na remoção do esqueleto afim de analisá-lo, o detetive Erlendur com sua equipe tentava desvendar os segredos que rondavam o esqueleto e quais histórias ele ou ela poderia estar envolvido(a). No decorrer da investigação muitos segredos são revelados e histórias antes esquecidas, relembradas. Em paralelo acompanhamos os dilemas da vida pessoal do investigador e uma outra história de uma família, onde uma mulher sofre abusos domésticos do marido.
“Ele
desapareceu, e acho que ainda está perdido e esteve perdido durante muito
tempo, e não tenho certeza se será encontrado. Não é culpa sua. Aconteceu antes
de você vir ao mundo. Acho que ele está procurando a si mesmo, mas ele não sabe
por que ou exatamente o que está buscando, e obviamente nunca vai encontrar.”
“O senhor
sabe o que é viver constantemente com medo?
[...]
Viver com
ódio todos os dias, sem nunca parar, não importa o que faça, e nunca poder
fazer nada para mudar, até você perder toda a vontade própria e esperar que a
próxima surra não seja tão ruim quanto a anterior.”
De
princípio, eu só tive dificuldade com uma coisa: os nomes das
personagens. Nossa, foi muito difícil, mas aos poucos se tornou tudo tão
natural que captava quem era quem rapidamente. A escrita é mais lenta, porém
envolvente, recheada de pedaços soltos de um quebra-cabeça que você tem que
coletar com cuidado para não deixar nenhuma pista passar. Principalmente devido
às idas e vindas temporais desenvolvidos de forma magistral pelo autor.
Foi bem diferente de outros livros do gênero que já li, além das investigações. Ao longo da leitura temos, além das investigações, temas como abusos de drogas e violência contra mulher. Uma leitura prazerosa, a trama vai crescendo, com um desfecho surpreendente e assombroso. Pretendo, com certeza, ler outros livros do autor. Super recomendo, principalmente aos fãs de mistério e romance policial.
Foi bem diferente de outros livros do gênero que já li, além das investigações. Ao longo da leitura temos, além das investigações, temas como abusos de drogas e violência contra mulher. Uma leitura prazerosa, a trama vai crescendo, com um desfecho surpreendente e assombroso. Pretendo, com certeza, ler outros livros do autor. Super recomendo, principalmente aos fãs de mistério e romance policial.
Eloise G.F
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