Resenha: Ligeiramente Seduzidos - Os Bedwyns
Autora:Mary Balogh
Editora: Arqueiro
288 páginas
Demorou
muito para eu finalmente retomar a leitura dessa série. E também demorou muito
para eu engatar na leitura devido a minha vida corrida, porém posso afirmar que mesmo com os contratempos me surpreendi demais com este romance. Quem diria que os arrogantes
Bedwyns conquistariam cada vez mais meu coração.
O quarto
volume da série retrata a história de Morgan, a caçula da família. Apesar de
ter apenas 18 anos, Morgan é uma jovem sensata, determinada e independente. Já
Gervase Ashford, o conde de Rosthorn é um cavalheiro mais velho, com um passado
manchado pela humilhação e tristeza. Gervase culpa Wulfric, irmão mais velho de
Morgan, por todo o mal que lhe aconteceu. Então, quando vê a jovem tão nova e
aparentemente ingênua num baile, resolve usá-la com intuito de satisfazer sua
sede de vingança.
“Ódio e ressentimento eram um veneno fatal para a alma”
“Aquele sorriso guardava toda a luz do sol, todo o calor de um dia de verão, e Gervase percebeu que a moça estava fazendo o jogo dele. Lady Morgan era muito mais interessante do que ele imaginara. Talvez até mesmo provasse ser uma oponente de valor.”
“Ódio e ressentimento eram um veneno fatal para a alma”
“Aquele sorriso guardava toda a luz do sol, todo o calor de um dia de verão, e Gervase percebeu que a moça estava fazendo o jogo dele. Lady Morgan era muito mais interessante do que ele imaginara. Talvez até mesmo provasse ser uma oponente de valor.”
“E o que
parece grande ou pequeno será completamente diferente da perspectiva de um
elefante ou de uma formiga – completou o conde. – Opostos são apenas dois lados
da mesma moeda. Um não existe sem o outro.”
Apesar de ter uma premissa comum em muitos romances: mocinho que pretende se vingar e que logo se apaixona. A trama é muito mais do que parece, indo além deste famoso clichê. O romance aqui não é o do tipo meloso que nos faz suspirar, é um romance que nasce aos poucos, através de uma amizade sincera, em meio a um cenário de guerra.
Apesar de ter uma premissa comum em muitos romances: mocinho que pretende se vingar e que logo se apaixona. A trama é muito mais do que parece, indo além deste famoso clichê. O romance aqui não é o do tipo meloso que nos faz suspirar, é um romance que nasce aos poucos, através de uma amizade sincera, em meio a um cenário de guerra.
"Era o
baile mais animado a que comparecera em toda a temporada. Também era o mais
triste. Bem no fundo, ela estava consciente da terrível fragilidade, da
natureza tragicamente efêmera da vida humana.”
“Ninguém
consegue entender que a guerra não resolve nada? Sempre haverá guerra, sempre e
nome da liberdade e da paz. Como pode haver liberdade quando homens morrem de
forma tão insensata? Como pode haver paz quando homens precisam lutar para
consegui-la? A humanidade sempre perseguirá esses dois ideais e nunca
conseguirá alcança-los.”
Ao
contrário de outras autoras de época, Balogh trabalha assuntos mais sérios,
porém sem perder a leveza. Somos apresentados ao lado obscuro da guerra, a
esperança das mulheres de reencontrar seus maridos e familiares, a ajuda e
auxílio do próximo. Morgan conquistou uma parte especial do meu coração, por
ser uma personagem que quer ajudar e contribuir de alguma forma, não se
importando com sua imagem e posição social.
“Gervase
se deu conta de ela era mesmo uma mulher por completo – uma mulher com um
coração terno e com a força e a coragem necessárias para agir.”
“E estranho como o coração se agarra à esperança mesmo quando não há uma base razoável para isso.”
“E estranho como o coração se agarra à esperança mesmo quando não há uma base razoável para isso.”
“Mas
duvido que qualquer um de nós consiga se conhecer por completo. E como a vida
seria tediosa se conseguíssemos...Não haveria lugar para crescermos. Jamais nos
surpreenderíamos.”
“É ridículo se deixar abater pelo peso de fardos do passado quando esse passado já está morto e enterrado!”
“Amar é
gostar, ser companheiro, respeitar e confiar. O amor não domina ou tenta
possuir, mas se fortalece com compromisso puro, liberdade mútua.”
“Qualquer um que não tenha a intenção de manter os votos sagrados não deveria fazê-los. Os casais ligados pelo matrimônio deveriam deixar seus parceiros livres para viverem, aprenderem, e encontrarem crescimento pessoal. Eles não são dois lados de uma moeda, ou duas metades de uma alma. São duas preciosas almas individuais que uniram suas liberdades para fazer de suas vidas algo mais gloriosos, mais desafiador.”
“Qualquer um que não tenha a intenção de manter os votos sagrados não deveria fazê-los. Os casais ligados pelo matrimônio deveriam deixar seus parceiros livres para viverem, aprenderem, e encontrarem crescimento pessoal. Eles não são dois lados de uma moeda, ou duas metades de uma alma. São duas preciosas almas individuais que uniram suas liberdades para fazer de suas vidas algo mais gloriosos, mais desafiador.”
“Você tem
estado determinada a me fazer olhar para os cantos mais escuros da minha vida e
trazê-los à luz, chérie. Tem passado muito tempo me ajudando a encarar o
passado de modo que ele não seja para sempre um fardo no meu presente e no meu
futuro.”
A história também aborda temas como perdão, aceitação e confiança. Balogh nos brinda com uma linda história, repleta de mensagens, abordando as várias formas de amor e de amar. Foi lindo
acompanhar uma mocinha que não era uma jovem ingênua e bobinha. Ver uma jovem,
nova ainda imatura sim, porém que aprende com seus erros e tem um ótimo
caráter. Gervase também me conquistou com seu jeito galante de ser. Já
empolgada para ler os dois últimos volumes.
Eloise G.F
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