Resenha: A Rainha Vermelha


A Rainha Vermelha
Autora: Victoria Aveyard
Editora: Seguinte
422 Páginas
 “Todo mundo pode trair todo mundo.”- pg.267

Um história que envolve poder, romance e muitas traições. Uma sociedade dividida pelo sangue vermelho e prateado, o primeiro fraco e submisso, cujo destino é trabalhar para a elite prateada,  o segundo forte e poderoso, que possui todos os benefícios vindos da capital. Mare Barrow é a vermelha que dá voz a trama. Ela vive uma vida precária com sua família em um pobre vilarejo, chamado Palafitas. O mundo a sua volta está envolvido por uma guerra que parece não ter fim. Não é apenas a cor do sangue que divide essa sociedade, os prateados não são pessoas comuns, possuem poderes especiais, alguns dominam o fogo, água ou metais, uns leem mentes ou controlam pessoas.



Os vermelhos são enviados para servir ao Exército, os três irmãos mais velhos de Mare já foram convocados, e ela será a próxima, pois não possui nenhuma habilidade como sua irmã, que é costureira,  para se manter em alguma profissão. Seu único talento está relacionado ao ato de furtar.
Juntamente com seu amigo Kilorn, ela se esquiva das pessoas e com a mão leve rouba dos mais ricos para continuar se mantendo viva. Não é uma atitude aprovada pelos seus pais e irmãos, porém é o que faz pra sobreviver em meio ao caos que tem que lidar dia- a- dia por ser uma vermelha. Quando está perto pra completar seus dezoito anos, ela busca encontrar uma maneira para não entrar no Exército, e em meio a alguns problemas que enfrenta, encontra um rapaz que muda totalmente sua vida. Ele consegue pra ela um emprego como criada no Palácio de Verão do rei. Em seu primeiro dia de trabalho ela se depara  com um evento especial entre os prateados, que é a escolha da pretendente do príncipe herdeiro. Sendo assim, as jovens prateadas apresentam numa arena suas habilidades para impressionar o príncipe. Em meio a este evento, Mare sofre um grave acidente , porém ao invés de bater as botas, ela se surpreende- e surpreende a todos os poderosos prateados presentes- pois sobrevive e foi salva por possuir um poder que ela mesma não sabia que tinha, afinal ela é uma vermelha, e nenhum vermelho possui poderes.
“O sangue deles é uma ameaça, um aviso, uma promessa. Não somos iguais e jamais seremos.”- pg. 14

Para conter uma agitação entre os prateados a respeito da jovem, o rei e a rainha decidem ocultar a verdadeira origem de Mare, alegando que ela, na verdade é uma prateada de uma Casa já extinta e foi criada entre vermelhos. A partir daí, Mare terá que viver entre eles e aprender ser como eles. Fica próxima dos dois príncipes, por quem tem grande afeto e carinho, entretanto é difícil saber em quem confiar. De um lado temos Cal, o herdeiro  que busca fazer tudo da maneira mais correta possível e do outro temos Maven, que vive nas sombras do irmão e é mais reservado. Envolvida por intrigas e traições, Mare terá que compreender quem ela é,  afinal é uma vermelha, porém possui poderes, tem que viver entre os prateados, porém deseja, assim como seu povo, mudar o destino dos vermelhos.



“É melhor você esconder esse seu coração [...] Ele não vai levá-la a nenhum dos lugares a que deseja chegar.”- pg. 156

Eu gostei do livro, fazia tempo que não lia uma boa distopia, porém achei a história em alguns aspectos previsível, e isso me desanimou um pouco, pois estava esperando mais da obra, outro ponto foi a protagonista que, no início da trama me empolgou e me animou bastante com sua personalidade e jeito de ser, entretanto fiquei desapontada e irritada com algumas atitudes que ela tomou no decorrer da história. Eu espero que no segundo livro contenha mais ação e combates, fiquei muito curiosa a respeito de alguns personagens e seus poderes e gostaria de vê-los mais em ação. A autora apresenta uma narrativa agradável, fluida e envolvente. O leitor imerge em um uma trama que aborda conspirações, intrigas políticas e lutas pelo poder.


[EXTRA QUOTES]:


“Os deuses ainda governam. Ainda descem das estrelas. Só não são mais gentis.”- pg. 16

“Uma mentira me levanta e, um dia, outra vai me derrubar.”- pg.98

“Uma pele vermelha atrás de uma cortina prateada que não pode  jamais ser aberta. Se eu cair, se escorregar, morro. E outros morrerão por causa da minha falha.”- pg.102

“ A frase ‘vermelha na cabeça, prateada no coração’ não me sai do pensamento e serve de guia para minhas atitudes.”-pg.106


“O mundo é prateado, mas também cinza. Não existe o preto e o branco.”- pg.235




G.F.

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