[Resenha] Mono e a Torre do Mago



Mono e a Torre do Mago
Autor: G.C Bellfox
Editora: Chiado
356 páginas

Uma aventura fantástica com direito a dragões, combates, segredos, magia e o imensurável Cthulhu. A história gira em torno de Mono e de todo o mistério que envolve seu nascimento. Mono é um albus, uma raça que apresenta orelhas grandes, pelugem branca e olhos que variam entre verdes e azuis. Curiosamente, nosso pequeno protagonista se destaca entre os habitantes de Florensia, sendo o único que apresenta pelugem escura e olhos totalmente brancos. Isso nunca afetou Mono, que mesmo sem os pais, foi criado com muito afeto e carinho pelo seu tio e por todos os moradores da vila, contudo, ao completar 15 anos, a vida do pequeno albus sofre uma forte mudança com a chegada de um grupo de aventureiros conhecidos como RED VII. Ao lado de seus novos companheiros, Mono dá início a sua jornada para conhecer e explorar o mundo que até então só conhecia nos livros e ir em busca de respostas.


O livro me trouxe fortes lembranças da minha adolescência, onde eu jogava RPG e assistia animê com mais frequência. Somos apresentados a um grupo bem tradicional de RPG: o humano paladino (Artimus), o elfo druida (Feldon), o humano bardo (Nilperto), um doppelganger -uma criatura que troca de forma (Ruprest), humana guerreira (Lidia), o anão bárbaro (Royston Cave), humana clériga (Harumi) e Tolto a raposinha mascote do grupo <3. Me senti nostálgica e empolgada ao longo da leitura. E não vou negar que fiquei imaginando o autor rolando os dados para saber o destino de suas personagens nas batalhas hahhaha. Para quem não sabe RPG (role-playing-game) é um jogo de interpretação onde os jogadores assumem papéis de personagens e a narrativa da história é conduzida por um mestre (pessoa que narra a história e conduz os jogadores ao longo da aventura). O progresso do jogo acontece de acordo com as escolhas dos jogadores (ou a sorte dos dados haha) dentro de um sistema de regras predeterminado. Cada sessão de RPG é denominada de aventura e a sucessão dessas aventuras com os mesmos personagens torna-se uma campanha. Em minha opinião é mais divertido jogar RPG quando se tem um grupo fiel, onde você consegue participar de várias aventuras com o mesmo personagem, isso porque o personagem ganha pontos de experiência (XPs) a cada final de aventura. Esses pontos são distribuídos pelo jogador na ficha do personagem com intuito de melhorar suas habilidades e torná-lo mais forte. Eu confesso, quase sempre escolhia ser uma elfa druida hahaha, já cheguei a fazer halfling ladino ou humana guerreira, mas tenho uma queda por elfos e gosto muito de druidas então....necessito reencontrar minhas fichas, acho que as guardei em algum lugar. Sério, se você nunca jogou, reúna-se com amigos e divirta-se, porque é muito bom.


“Cada um escolhia um personagem: guerreiros, arqueiros, ladinos e bárbaros. Mono sempre queria ser o mago. Todos os pequenos albus entravam nesse mundo de imaginação e ficavam horas rindo e brincando em uma jornada imaginária com grandes aventuras” 


Confesso que, de princípio, eu tive uma certa dificuldade de engatar na leitura, isso porque o início da trama apresenta uma narrativa que explica um pouco dos acontecimentos daquele mundo, mas isso não foi ruim, pelo contrário, foi bom para compreender melhor a situação atual da trama, no meu caso, como gosto de entender tudo certinho acabo lendo com mais cautela para não perder nenhuma explicação. O autor soube desenvolver bem a trama e independentemente de suas influências construiu um mundo e personagens autênticos. A única ressalva que gostaria de pontuar está relacionada a alguns erros de digitação que encontrei ao longo da leitura, não me atrapalhou, mas seria interessante passar por uma nova revisão.


Outro aspecto que adorei foi o design do livro. A capa é belíssima e a cada início de capítulo temos uma linda ilustração, na verdade também há pequenos desenhos que surgem ao longo das páginas e que compõem a narrativa. Bellfox nos conduz a uma história repleta de aventuras e um mundo recheado de lendas, guerras e segredos para se desvendar. Recomendo!!!


Eloise G.F


5 comentários

  1. Ei! Tudo bem?

    Queria constar que não sou muito fã dessa parte de fantasia, mas sua resenha me pegou de jeito. Adorei que você falou sobre RPG, eu também jogava e era fascinada, lembro até hoje que jogava toda sexta hahaha
    E... Você falou Cthulhu? Seria tudo o que eu queria? kkk
    Vou procurar mais e espero conseguir dar uma chance :)

    Beijos!
    http://www.365coresdouniverso.com.br/

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  2. Olá!!

    Nunca li nada no gênero, mas fiquei interessada. Gostei que trouxe lembranças de quando jogava RPG, isso pq eu também joguei muito, então vou gostar com certeza.
    Não conhecia o livro antes da resenha e agora vai para minha lista!

    bjs
    Fernanda

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  3. Eu nunca joguei hahaha sou uma vergonha, sou bem ruim em jogos de aventura, meu negócio era corrida, vrummmm hahaha
    Mas achei super legal sua explicação e fiquei até inclinada a tentar viu.
    Que capa linda, com livros eu me envolvo fácil em aventuras, acho que uma coisa compensa a outra ne hehehe

    osenhordoslivrosblog.wordpress.com

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  4. Oii Eloise. Eu sou simplesmente apaixonada por fantasias. Adoro quando os livros são extensos, repleto de explicações e cheio de aventuras. Esse livro me atingiu em cheio. Fiquei bem impressionada e adoraria fazer leitura da obra.
    Beijos.

    Blog: Fantástica Ficção

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  5. Oie! Uma das melhores coisas de se sentir ao acompanhar uma resenha, é a empolgação do leitor, dessa vez me senti até contagiada hahaha. Eu nunca joguei RPG, mas adoro histórias neste formato - se tivesse tido a oportunidade, tenho certeza que amaria jogar também. Fiquei bastante curiosa para saber em que momento o Cthulhu entra nessa história. Enfim, adorei a resenha, recomendação mais que anotada! A capa desse livro é realmente linda ;)

    Beijos,
    http://abducaoliteraria.com.br

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