Desventuras em Série
Autor: Lemony Snicket pseudônimo do autor Daniel Handler
Editora: Companhia das
Letras / Seguinte
Desventuras em Série é uma coleção de treze livros que retratam a desafortunada vida dos irmãos Baudelaire. Após a morte de seus pais, devido a um incêndio que destruiu a casa em que moravam, os irmãos Violet, Klaus e Sunny Baudelaire ficam órfãos e sem lar. Todavia, Sr. Poe, um homem bem-intencionado e de bom coração (e um pouco sonso e imprestável também) se torna o responsável pelas crianças. Ele é um executivo que trabalha em um banco e fora incumbido de zelar pelos interesses dos órfãos Baudelaire e de encontrar o parente mais próximo dessas crianças, para elas poderem ter novamente um lar até chegarem a maioridade e poderem enfim desfrutar da fortuna que os pais haviam deixado. Violet, a mais velha dos irmãos, tem apenas catorze anos, portanto ainda levará um tempo para os órfãos “usufruirem dessa fortuna”. Por hora, eles vão viver com o tal parente mais próximo, que é ninguém mais, ninguém menos do que o Conde Olaf, um homem mau, interesseiro, desprezível e que se torna - ao longo dessa trágica história- o principal inimigo dessas inocentes crianças.
Desventuras em Série é uma coleção de treze livros que retratam a desafortunada vida dos irmãos Baudelaire. Após a morte de seus pais, devido a um incêndio que destruiu a casa em que moravam, os irmãos Violet, Klaus e Sunny Baudelaire ficam órfãos e sem lar. Todavia, Sr. Poe, um homem bem-intencionado e de bom coração (e um pouco sonso e imprestável também) se torna o responsável pelas crianças. Ele é um executivo que trabalha em um banco e fora incumbido de zelar pelos interesses dos órfãos Baudelaire e de encontrar o parente mais próximo dessas crianças, para elas poderem ter novamente um lar até chegarem a maioridade e poderem enfim desfrutar da fortuna que os pais haviam deixado. Violet, a mais velha dos irmãos, tem apenas catorze anos, portanto ainda levará um tempo para os órfãos “usufruirem dessa fortuna”. Por hora, eles vão viver com o tal parente mais próximo, que é ninguém mais, ninguém menos do que o Conde Olaf, um homem mau, interesseiro, desprezível e que se torna - ao longo dessa trágica história- o principal inimigo dessas inocentes crianças.
“Se
vocês se interessam por histórias com final feliz, é melhor ler algum outro
livro. Vou avisando, porque este é um livro que não tem de jeito nenhum um
final feliz, como também não tem de jeito nenhum um começo feliz, e em que os
acontecimentos felizes no miolo da história são pouquíssimos.” – pg. 9 ( Mau Começo)
Conde Olaf é um homem que tem apenas uma sobrancelha, possui a imagem de um olho tatuado em seu tornozelo e é muito, muito perverso. Ah e ele é imundo, nunca se sabe quando foi que tomou seu último banho. Olaf é extremamente ganancioso e nota-se, desde o início, que seu único interesse em se tornar o tutor das crianças é com o objetivo de conquistar a fortuna que eles receberiam de herança. Portanto, Olaf faz de tudo e mais um pouco para conseguir o que quer, e uma de suas principais estratégias é o disfarce. A cada volume vemos Olaf interpretando (muito mal) um novo personagem e tentando enganar as crianças (onde sempre falha) e os adultos ao seu redor (que sempre caem em suas mentiras deslavadas). E por incrível que pareça ele ainda conta com apoio de seus comparsas (um careca narigudo, uma pessoa gorda que não parecia nem homem e nem mulher, duas mulheres que usavam pó branco, um homem que tinha ganchos em vez de mãos).
“A primeira opinião que você tem sobre qualquer coisa pode mudar com o tempo. Eu gostaria de poder dizer para vocês que os Baudelaire estavam enganados nas primeiras impressões que tiveram sobre o conde Olaf e sua casa, como muitas vezes acontece. Mas aquelas impressões- de que o conde Olaf era uma pessoa horrível e de que sua casa era um chiqueiro deprimente- estavam absolutamente corretas.” – pg. 32 (Mau Começo)
Apesar da história se focar apenas nos infortúnios dessas pobres crianças, a trama apresenta um teor cômico, mas não é aquele cômico que te faz dar gargalhadas e cair da cadeira de tanto rir sabe, é um cômico que envolve um pouco de incredulidade. A todo momento eu me perguntava, “sério que ele não vai acreditar (de novo) nas crianças???” (eu me indagando a respeito do Sr. Poe) ou “sério que ele fez isso ou se vestiu assim pra chegar até elas?” (eu me indagando a respeito de Olaf), e quando me indagava sobre essas coisas, eu achava graça das atitudes desses personagens. Sabe aquela frase “é melhor rir pra não chorar?" É assim que me sentia ao ler a história dos Baudelaire, pois essas crianças passam por tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta coisa ruim que não tem como não achar graça de vez em quando.
Conde Olaf é um homem que tem apenas uma sobrancelha, possui a imagem de um olho tatuado em seu tornozelo e é muito, muito perverso. Ah e ele é imundo, nunca se sabe quando foi que tomou seu último banho. Olaf é extremamente ganancioso e nota-se, desde o início, que seu único interesse em se tornar o tutor das crianças é com o objetivo de conquistar a fortuna que eles receberiam de herança. Portanto, Olaf faz de tudo e mais um pouco para conseguir o que quer, e uma de suas principais estratégias é o disfarce. A cada volume vemos Olaf interpretando (muito mal) um novo personagem e tentando enganar as crianças (onde sempre falha) e os adultos ao seu redor (que sempre caem em suas mentiras deslavadas). E por incrível que pareça ele ainda conta com apoio de seus comparsas (um careca narigudo, uma pessoa gorda que não parecia nem homem e nem mulher, duas mulheres que usavam pó branco, um homem que tinha ganchos em vez de mãos).
“A primeira opinião que você tem sobre qualquer coisa pode mudar com o tempo. Eu gostaria de poder dizer para vocês que os Baudelaire estavam enganados nas primeiras impressões que tiveram sobre o conde Olaf e sua casa, como muitas vezes acontece. Mas aquelas impressões- de que o conde Olaf era uma pessoa horrível e de que sua casa era um chiqueiro deprimente- estavam absolutamente corretas.” – pg. 32 (Mau Começo)
Apesar da história se focar apenas nos infortúnios dessas pobres crianças, a trama apresenta um teor cômico, mas não é aquele cômico que te faz dar gargalhadas e cair da cadeira de tanto rir sabe, é um cômico que envolve um pouco de incredulidade. A todo momento eu me perguntava, “sério que ele não vai acreditar (de novo) nas crianças???” (eu me indagando a respeito do Sr. Poe) ou “sério que ele fez isso ou se vestiu assim pra chegar até elas?” (eu me indagando a respeito de Olaf), e quando me indagava sobre essas coisas, eu achava graça das atitudes desses personagens. Sabe aquela frase “é melhor rir pra não chorar?" É assim que me sentia ao ler a história dos Baudelaire, pois essas crianças passam por tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta, tanta coisa ruim que não tem como não achar graça de vez em quando.
Os três personagens
principais são muito inteligentes, corajosos e desafortunados. Violet, a mais
velha, é uma inventora e sempre está pensando em como construir algo que
beneficie ela e seus irmãos, principalmente para fugir das artimanhas do Conde
Olaf. Klaus, o do meio, é o rapazinho dos livros. Ele é extremamente
inteligente, sabe o significado de muitas palavras difíceis e os livros são sua
principal arma contra seu arqui-inimigo. Sunny é a mais nova e, pra mim, a mais
corajosa dos três irmãos, é muito habilidosa com seus dentes afiados,
conseguindo cortar e morder coisas extremamente duras. E pasmem, ela é apenas
um bebê, e por conta disso não consegue falar ainda, mas ela se expressa e se
comunica com palavras curtas e na maioria das vezes indecifráveis, entretanto o
narrador e seus irmãos sempre explicam o que ela realmente quer dizer, o que
torna sua comunicação um ponto divertido da série. Apesar das crianças serem
muito inteligentes para suas idades, elas continuam sendo crianças, ou seja, os
adultos não acreditam nelas e elas acabam tendo que aceitar certas situações
porque, na verdade elas realmente não tem pra onde ir, pois são apenas crianças
e acabam tendo que aceitar o que o destino lhes reserva.
“[...]
Klaus foi ficando cada vez mais cansado à medida que transcorria a noite. Seus
olhos às vezes se fechavam. Pegou-se lendo a mesma frase de novo, de novo e de
novo. Pegou-se lendo a mesma frase de novo, de novo e de novo. Pegou-se lendo a
mesma frase de novo, de novo e de novo.”- pg. 88 (Mau Começo)
"Eojip!", gritou Sunny, dando uma bela mordida na cenoura. Provavelmente quis dizer alguma coisa do tipo "Adoraria roer uma enorme extensão de corda até ela ficar em pedacinhos para que a gente possa trabalhar!".- pg. 22 (A Sala dos Répteis)
"Eojip!", gritou Sunny, dando uma bela mordida na cenoura. Provavelmente quis dizer alguma coisa do tipo "Adoraria roer uma enorme extensão de corda até ela ficar em pedacinhos para que a gente possa trabalhar!".- pg. 22 (A Sala dos Répteis)
Mas, além dos azarentos protagonistas, eu gosto muito de outro personagem, e este é nada mais nada menos que o narrador. A narrativa dessa série é sensacional! O narrador, conhecido como Lemony Snicket (que é também o autor fictício / pseudônimo da série), desde o princípio, deixa claro que essa não é uma história feliz. Ele retira todas as suas esperanças e expectativas de que exista alguma coisa boa nos livros e....sim....ele dá spoilers de acontecimentos (ruins) e que ainda nem aconteceram. Daí você pode até pensar “Nossa, que chato”, não gente, sério, é sensacional, porque a forma que a história é narrada deixa tudo muito divertido. Sem falar que sua narrativa é também muito inteligente.
“Há
muitos tipos de livros no mundo, o que faz sentido, porque há muitos e muitos
tipos de pessoas, e os gostos são diferentes. Por exemplo, pessoas que detestam
histórias em que acontecem coisas horríveis a criancinhas deveriam fechar este
livro imediatamente.”- pg 78 (Mau Começo)
“Lamento ter que contar pra vocês que a história começa com os órfãos Baudelaire avançando por essa estrada horrível, e que daqui por diante a história só vai piorar.” – pg. 10 (A Sala dos Répteis)
“Lamento ter que contar pra vocês que a história começa com os órfãos Baudelaire avançando por essa estrada horrível, e que daqui por diante a história só vai piorar.” – pg. 10 (A Sala dos Répteis)
“E tão ardorosamente quanto os órfãos Baudelaire gostariam que a situação deles fosse diferente, eu desejaria poder de algum modo mudar as circunstâncias desta história para vocês. [...] Talvez o melhor fosse vocês fecharem este livro imediatamente e não lerem nunca a continuação desta horripilante história.”- pg.84 (A Sala dos Répteis).
“[...] se vocês não querem ler uma história que é só tragédia do início ao fim, esta é a sua última chance de largar este livro, porque os tormentos dos órfãos Baudelaire começam já no próximo parágrafo.”- pg 10 (O Lago dos Sanguessugas).
A todo momento ele explica
algumas palavras, termos ou expressões usadas, ou exemplifica algum
acontecimento da história com alguma situação absurda que ele tenha vivenciado.
Há coisas, inclusive que ele ensina no início do livro e elas se repetem
durante e no final da leitura, ou seja, não tem como você não compreender
aquela expressão ou palavra, porque ela é usada durante toda a leitura. Lemony
conversa a todo o momento com o leitor e aponta suas opiniões além de relatar
tudo o que sabe sobre a vida desafortunada desses jovens órfãos. É importante
ressaltar que esse relato é transmitido como se os Baudelaire de fato
existissem e o narrador vivesse nesse mesmo universo. A cada final de livro, há
uma carta do autor para seu editor, cujo conteúdo é uma prévia dos
acontecimentos do volume seguinte da série- e é muito interessante reler essas
cartas depois que você ler todos os livros, porque você acaba entendendo melhor
do que o narrador está falando. E claro, não posso esquecer de mencionar que
Lemony compartilha com os leitores alguns acontecimentos da sua própria vida,
como o fato de ter perdido seu grande amor, que é uma parte que me emociona
muito na série.
“O destino é como um estranho e impopular restaurante, cheio de garçons esquisitos trazendo coisas que você nunca pediu e de que nem sempre gosta.”-pg24 (O Escorregador de Gelo)
“Arriscar-se é como tomar banho, pode acabar com você se sentindo confortável e aquecido, mas pode ser que algo terrível esteja à espreita e você só descubra o que é quando não houver nada a fazer, a não ser berrar e agarrar-se a um patinho de borracha”.-pg.43 (O Escorregador de Gelo)
Agora a pergunta, por que ler livros sobre o sofrimento e desventuras de três crianças perseguidas incansavelmente por um terrível vilão? Por que ler uma história onde o próprio narrador e autor diz (a todo momento) pra você procurar uma outra leitura pra ler? A minhas resposta é: porque essa história é SENSASIONAL. Eu não vou mentir, as crianças passam por muitas coisas ruins? Sim, passam! Porém tudo que tem por traz da história, os segredos, os mistérios, tudo que Violet, Klaus e Sunny aprendem em sua jornada, todos erros e acertos, as personagens que vão surgindo, é tudo tão fascinante que não dá pra parar. Por mais que Lemony me dissesse “vai ler outro livro”, a história com sua exímia narrativa me instigava a querer saber mais. De princípio, fiquei com muito receio de que os volumes seguintes fossem a mesma receita dos anteriores, mas não, me surpreendi e muito, a história se desenvolve pra um ponto que engloba não só a perseguição de Olaf e a fortuna dos Baudelaires, mas também espionagens e segredos que os órfãos jamais imaginaram existir. Achei a série original, fascinante e imprevisível. Sem falar no desfecho que foi espetacular. Os livros contam também com lindas ilustrações do artista Brett Helquist que dialogam perfeitamente com a trama. A Companhia das Letras (agora os livros vem com selo da Seguinte) fez um trabalho excepcional na diagramação dos livros, é uma linda coleção para se ter na estante. Não tenho o que reclamar, foram treze livros e fiquei querendo mais, já estou com saudades dessas três crianças lidas e desafortunadas, do vilão repugnante e ganancioso e desse narrador inteligente e sagaz. Super recomendo!!!!!
“O destino é como um estranho e impopular restaurante, cheio de garçons esquisitos trazendo coisas que você nunca pediu e de que nem sempre gosta.”-pg24 (O Escorregador de Gelo)
“Arriscar-se é como tomar banho, pode acabar com você se sentindo confortável e aquecido, mas pode ser que algo terrível esteja à espreita e você só descubra o que é quando não houver nada a fazer, a não ser berrar e agarrar-se a um patinho de borracha”.-pg.43 (O Escorregador de Gelo)
Agora a pergunta, por que ler livros sobre o sofrimento e desventuras de três crianças perseguidas incansavelmente por um terrível vilão? Por que ler uma história onde o próprio narrador e autor diz (a todo momento) pra você procurar uma outra leitura pra ler? A minhas resposta é: porque essa história é SENSASIONAL. Eu não vou mentir, as crianças passam por muitas coisas ruins? Sim, passam! Porém tudo que tem por traz da história, os segredos, os mistérios, tudo que Violet, Klaus e Sunny aprendem em sua jornada, todos erros e acertos, as personagens que vão surgindo, é tudo tão fascinante que não dá pra parar. Por mais que Lemony me dissesse “vai ler outro livro”, a história com sua exímia narrativa me instigava a querer saber mais. De princípio, fiquei com muito receio de que os volumes seguintes fossem a mesma receita dos anteriores, mas não, me surpreendi e muito, a história se desenvolve pra um ponto que engloba não só a perseguição de Olaf e a fortuna dos Baudelaires, mas também espionagens e segredos que os órfãos jamais imaginaram existir. Achei a série original, fascinante e imprevisível. Sem falar no desfecho que foi espetacular. Os livros contam também com lindas ilustrações do artista Brett Helquist que dialogam perfeitamente com a trama. A Companhia das Letras (agora os livros vem com selo da Seguinte) fez um trabalho excepcional na diagramação dos livros, é uma linda coleção para se ter na estante. Não tenho o que reclamar, foram treze livros e fiquei querendo mais, já estou com saudades dessas três crianças lidas e desafortunadas, do vilão repugnante e ganancioso e desse narrador inteligente e sagaz. Super recomendo!!!!!
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