[Das Páginas para as Telas] Becomig Jane – Amor e Inocência



Amor e Inocência (título original: Becoming Jane) é um filme inglês de 2007, dirigido por Jullian Jarrold, que retrata a história da autora Jane Austen e seu suposto romance com o advogado Thomas Lefroy. O filme foi baseado no livro Becoming Jane Austen de Jon Hunter Spence, e contou também com o estudo das obras da autora e de cartas que Austen escrevera a seus familiares e amigos. Com base nesse conteúdo, os roteiristas Sarah Williams e Kevin Hood teceram juntos o que acreditavam ser a personalidade e história da escritora.



O filme apresenta apenas 120 minutos, mas é cativante do início ao fim, apesar de relatar toda a história de forma bem sucinta, principalmente o início do romance. A atuação de Anne Hathaway como Jane Austen foi sensacional, e James McAvoy também não fica de fora ao interpretar o suposto amante da escritora, ambos os atores fizeram um excelente trabalho. Não tenho o que reclamar sobre interpretação, ambientação, figurinos, roteiro...no geral, achei o filme muito bem produzido. 

 Foto: AdoroCinema 

Em diversos momentos senti ligação entre a história da vida autora com sua obra “Orgulho e Preconceito”, por exemplo, a forma de agir de Austen me lembrou muito de sua personagem Elizabeth Bennet, e o início da relação de Jane e Thomas me lembrou um pouco do início do relacionamento de Elizabeth e Mr. Darcy. E essa relação entre o filme e esta obra se sucedeu porque os próprios roteiristas acreditavam que a vida pessoal de Austen inspirou “Orgulho e Preconceito”.

 Foto: AdoroCinema 



Várias pessoas acreditam que Elizabeth Bennet seja uma referência a Jane Austen, essa é uma afirmação que não se pode ter tanta certeza, mas uma coisa é certa, todas as obras da escritora são baseadas em sua própria sociedade, portanto a autora pode ter tirado inspirações tanto da vida de amigos, de vizinhos como também da sua própria história para criar seus personagens.

 Foto: AdoroCinema 

Amor e Inocência é um filme maravilhoso! Além de retratar a vida da autora de forma impecável, aborda um  romance inspirador, sensível e cativante que vale a pena conferir. Neste ano, em homenagem ao Bicentenário de morte de Jane Austen, haverá uma postagem especial no final de cada mês, abordando filmes, livros e curiosidades a respeito da autora, portanto não deixem de conferir.


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Abaixo segue algumas observações que, pra quem não conhece muito sobre a vida da autora, e quer conferir o filme pode ser considerado SPOILERS:

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Quando assisti o filme, o primeiro pensamento que tive a respeito do motivo do término do relacionamento de Jane e Thomas seria o fato dela ter escolhido sua vida profissional de escritora ao invés de ser apenas uma esposa. A mulher do século XIX não tinha muitas opções, ou ela se casava ou ela se casava, só assim poderia garantir um futuro próspero para ela e sua família – isso se fosse de fato um BOM casamento. Já a mulher que se aventurava em alguma profissão acabava sendo mal vista pela sociedade e muitas vezes era solitária e nunca se casava.  Porém, fiquei feliz que o filme não abordou a situação exatamente dessa forma. Claro que, o fato de Austen vir de uma família mais humilde e ter um sonho de ser escritora influenciou sim, mas no filme isso não abala muito Thomas. Infelizmente, é a sociedade que afeta o relacionamento dos dois, pois Thomas também não possui uma vida financeira estável e depende de seu tio para ajudar sua família. O tio de Thomas acaba não aceitando Austen e mesmo que os dois queiram muito passar por cima de todos e viver pra sempre esse romance, Jane percebe que isso não afetaria apenas a sua vida e reputação, mas também a vida de outras pessoas como a família de Thomas que sofreria pela perda do apoio financeiro do tio. Portanto, ela resolve seguir a voz da razão e não do coração. É muito triste saber que uma autora que escreveu romances maravilhosos tenha tido um final tão solitário e nunca tenha se casado, porém eu acredito que nessa situação essa poderia ter sido sim a decisão de Austen e prefiro acreditar que mesmo com a tristeza dessa perda ela conseguiu viver uma vida muito feliz com suas obras e quem sabe tenha encontrado outros amores no caminho.<3

Eloise G.F

2 comentários

  1. AMO esse filme ♥♥♥♥ Ao lado de Orgulho e Preconceito, são os meus longas de época favoritos ♥♥♥
    Obs: Concordo com vc, fiquei triste ao final do filme, mesmo já sabendo qual seria o desfecho, pois sei que a Jane jamais se casou. Mas assim como vc, espero que ela tenha sido feliz e que ao menos, tenha tido a chance de viver um amor, mesmo que não tenha sido o sonhado, Para Sempre.

    Abraço!

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    1. Ai Cailes eu espero que ela tenha tido sim, mesmo que fosse alguns momentos <3 ela criou histórias tão lindas e inteligentes...enfim espero que ela tenha tido uma vida com muito amor, paz e sorrisos <3

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