O Hobbit
J.R.R Tolkien
Martins
Fontes
305 páginas
Publicado originalmente em 21 de setembro de 1937
(siiim, há exatamente 81 anos atrás), O Hobbit é um clássico da literatura
infanto-juvenil de alta fantasia. Alguns críticos acreditam que Tolkien trouxe experiências
pessoais da Primeira Guerra Mundial à suas histórias, além de ter tido um
conhecimento acadêmico sobre literatura anglo-saxônica e um grande interesse em
contos de fadas.
A história retrata a aventura do hobbit Bilbo
Bolseiro ao lado de uma companhia de anões e um mago. Na verdade, Bilbo não é
um personagem aventureiro, os hobbits costumam ser caseiros e ter uma vida
tranquila e uma mesa sempre farta. Contudo, a vida deste pequeno vira do avesso
com a chegada de Gandalf e mais treze anões (Thorin, Balin, Dwalin, Fili, Kili,
Dori, Nori, Ori, Óin, Glóin, Bifur, Bofur, Bombur) à sua toca. Bilbo é persuadido
a acompanhá-los a uma aventura longa e sombria, designado como ladrão da
expedição, que os levará até Erebor também conhecida como a Montanha Solitária,
antigo reino dos anões. Este reino foi saqueado pelo dragão Smaug que dorme e
guarda o tesouro dos anões desde então. O Sr. Bolseiro demora a aceitar
participar desta missão, na verdade até quando é finalmente convencido chega a
reclamar e se lamentar por estar longe de seu lar tranquilo e confortável. Esse
é um dos pontos que acho mais interessante na narrativa de Tolkien, pois o
leitor acompanha o amadurecimento de Bilbo, afinal ele tem uma personalidade e
princípios que não mudam da noite para o dia, porém ele também se autodescobre
nessa aventura, onde toma atitudes e decisões corajosas e inteligentes para
enfrentar perigos e ajudar seus companheiros.
“Esta é a
história de como um Bolseiro teve uma aventura, e se viu fazendo e dizendo
coisas totalmente inesperadas. Ele pode ter perdido o respeito dos seus
vizinhos, mas ganhou – bem, vocês vão ver se ele ganhou alguma coisa no final.”
“É estranho, mas as coisas boas e os dias
agradáveis são narrados depressa, e não há muito que ouvir sobre eles, enquanto
as coisas desconfortáveis, palpitantes e até mesmo horríveis podem dar uma boa
história e levar um bom tempo para contar.”
“Quando se parte para aventuras perigosas, além do
Limiar do Ermo, até mesmo bons planos de magos sábios como Gandalf e de bons
amigos como Elrond às vezes dão errado; e Gandalf era um mago sábio o
suficiente para saber disso.”
Mesmo se tratando de uma releitura, houveram alguns
aspectos que não me recordava, afinal eu li esse livro há alguns bons anos
atrás. Havia me esquecido como a narrativa de Tolkien é deliciosa, se assemelha
a um avô contanto uma história para seu neto antes de dormir, o que me faz
lembrar que o próprio autor fazia isso para os filhos (bom, é o que eu já
escutei por ai) e acredito que ele manteve essa característica na narrativa. A
história é narrada de uma forma leve e bem-humorada, o narrador relata a aventura
de Bilbo, mas ao mesmo tempo conversa com leitor e deixa escapulir alguns
acontecimentos futuros e até mesmo do passado, sem entregar muitos detalhes
claro, aguçando a curiosidade do leitor e o instigando a querer saber mais
sobre o desfecho desta aventura.
“Imagino que vocês conhecem a resposta, é claro, ou
podem advinha-la num piscar de olhos, já que estão sentados em casa,
confortavelmente, e sem o perigo de serem devorados atrapalhando seus
pensamentos.”
“Ele aparece em muitas histórias, mas seu papel na
história da grande aventura de Bilbo é pequeno, embora seja importante, como
vocês vão ver, se conseguirmos chegar ao fim dela.” (quando autor fala
sobre Elrond)
Outro momento que eu havia me esquecido é a cena na
casa de Beorn, que para mim é um dos momentos mais divertidos do livro. Na
verdade, esta aventura possui vários momentos marcantes para mim, meus
favoritos são: a chegada dos anões na casa de Bilbo (que é um momento
divertidíssimo), o famoso encontro dos anões e hobbit com os Trolls, a visita
maravilhosa a Valfenda, a conversa de Bilbo com Gollum, a já mencionada casa de
Beorn, a aventura na Floresta das Trevas, a conversa de Bilbo com Smaug e a
Batalha dos Cincos Exércitos (praticamente o livro todo né, mas fazer o que? É
bom demais!!!).
Esse é um livro que não tem um momento que você não encontra alguma coisa nova ou algum personagem interessante, nos deparamos com elfos, anões, dragão, humanos, trolls, orcs, combates...é realmente muita coisa e se parar para pensar nem são tantas páginas assim. O que me leva a comprovar a riqueza desta obra. Contudo, confesso que de todas as partes já mencionadas, o momento mais maravilhoso de todos, em minha opinião, é o encontro de Bilbo com Gollum e claro, o momento que o hobbit finalmente adquire o Anel. Esse momento é espetacular, talvez por entender o significado disso e saber sobre o futuro desta história, para mim é o momento mais emocionante do livro.
Esse é um livro que não tem um momento que você não encontra alguma coisa nova ou algum personagem interessante, nos deparamos com elfos, anões, dragão, humanos, trolls, orcs, combates...é realmente muita coisa e se parar para pensar nem são tantas páginas assim. O que me leva a comprovar a riqueza desta obra. Contudo, confesso que de todas as partes já mencionadas, o momento mais maravilhoso de todos, em minha opinião, é o encontro de Bilbo com Gollum e claro, o momento que o hobbit finalmente adquire o Anel. Esse momento é espetacular, talvez por entender o significado disso e saber sobre o futuro desta história, para mim é o momento mais emocionante do livro.
“Ali no fundo, na beira da água escura, vivia o
velho Gollum, uma pequena criatura viscosa. Não sei de onde veio, nem quem ou o
que ele era. Era um Gollum – escuro como a escuridão, exceto por dois grandes
olhos redondos e pálidos no rosto magro.”
“Não se pode ver, não se pode sentir,
Não se pode cheirar, não se pode ouvir.
Está sob as colinas e além das estrelas,
Cavidades vazias – ele vai enchê-las .
De tudo vem antes e vem em seguida,
Do riso é a morte , é o fim da vida.”
“Mas aquele tipo de advinhas comuns, de cima da
terra, estavam começando a cansá-lo. Além disso, faziam-no lembrar de tempos em
que era menos solitário, furtivo e nojento [...]”
Essa é a edição de 2002 da Martins Fontes e consta
com algumas lindas ilustrações coloridas e em preto e branco. Apesar deste meu
livro estar um pouco acabadinho, eu tenho um carinho especial por ele, pois amo
demais essa capa, mas pretendo comprar futuramente também outras edições que
acho lindas para coleção. Mesmo sendo uma leitura leve e descontraída, O Hobbit apresente vários momentos de apreensão. O leitor acompanha os anões e Bilbo passarem
por diversos apertos, algumas situações são tão perigosas que é difícil de
acreditar que os pequenos sairão vivos, um grande exemplo disso é o percurso
pela Floresta das Trevas, uma das cenas mais intensas em minha opinião.
“[...] todos sentiam que a aventura era muito mais
perigosa do que haviam imaginado, que, o tempo todo, mesmo que conseguissem
passar por todos os perigos da estrada, o dragão estaria esperando no fim.”
“Havia entrado na floresta depois do desjejum
(muito pobre), e teve a impressão de que lá o dia era tão escuro quanto a
noite, e tudo era muito misterioso: ‘uma sensação de estar sendo vigiado e
aguardado’, disse ele para si mesmo.”
Não é à toa que Gandalf recruta Bilbo para a
aventura, o mago sábio percebe desde o início a grande ajuda que o hobbit pode
fornecer e ao longo da leitura o leitor também percebe que Bilbo é muito mais
essencial do que se esperava. É um personagem que tenho muito carinho, seria um
sonho entrar na casa desse hobbit e bater um papo com ele, enquanto tomamos um
chá quentinho e comemos alguma coisa bem gostosa hahaha. Bom é óbvio que nunca
terei tal conversa com Bilbo, mas que um dia gostaria de visitar Hobbiton (a Vila dos Hobbits) em Nova Zelândia, ah como gostaria!!! <3 O set de filmagem foi construído em uma fazenda em Black Angus e pertence a uma família local que muito esperta manteve a construção com objetivo de se tornar uma atração turística. Esse é um livro que você lê em uma tarde, eu fiz
essa releitura para o projeto #aSagaTolkien criado pela querida Vivi do blog OSenhor dos Livros, infelizmente não vai dar para ler os outros livros por enquanto, pois este ano está sendo realmente complicado para mim
concluir desafios e projetos, mas fico feliz de ter feito essa
releitura, que na verdade foi feita há um tempo atrás e só agora vim
compartilhar com vocês esta experiência deliciosa de reler a obra. Para quem
ainda não se aventurou por essas páginas, vai sem medo, porque é uma leitura
fantástica que quando finaliza deixa saudades, é o tipo de livro que quando
você acaba quer começar de novo. Super recomendo!
Eloise G.F
Ei! Tudo bem?
ResponderExcluirConheço a história pelo filme, mas venho lendo umas postagens da Vivi e com a sua resenha eu fico com mais vontade de ler o livro. Não sou muito fã de fantasia, mas acredito que o autor tenha algo de especial que me anima a ler :) Espero conseguir iniciar nas férias, depois te conto a minha experiência.
Beijos!
http://www.365coresdouniverso.com.br/
Miga fica tranquila que é projeto de vida hahaha, eu mesmo atrasei meu cronograma, fazer o que! O importante é ler :)
ResponderExcluirSUa resenha está cheia de amor, tb amo infinitas cenas hahaha
Sempre que lembro dos trolls eu lembro da fala da jk rowling "é difícil enfrentar um troll das montanhas e não acabar se tornando amigo" Tolkien é berço de imaginário e leitura obrigatória para quem ama fantasia!
osenhordoslivrosblog.wordpress.com
Oie!!
ResponderExcluirQue projeto bacana!
O amadurecimento do Bilbo é incrível e traz muitos ensinamentos.
Já tinha ficado encantada com os posts da Vivi, agora o seu só reforçou. Preciso ler o quanto antes!
bjs
Oii Eloise.
ResponderExcluirEsse livro com certeza faz parte da minha meta literária de leituras da vida. Eu amo fantasias e sua resenha só reforça o quanto o Hobbit é uma leitura obrigatória pelos questionamentos que traz ao leitor. Ainda não sei o que estou esperando.
Beijos.