Resenha: Lições do Desejo
Autora: Madeline Hunter
Editora: Arqueiro
272
páginas
O
segundo volume da série Os Rothwells traz a história de Elliot, irmão mais novo
do marquês de Easterbrook e a exótica e independente Phaedra Blair, uma mulher
perspicaz e determinada, que é contra as regras que a sociedade impõe, apoiando
a liberdade da mulher e suas escolhas. Elliot resolve se aproximar de Phaedra
devido a questões familiares. O pai falecido da moça possuía informações que
comprometeria a família Rothwell, portanto a missão de Elliot é convencer a
excêntrica dama a eliminar as evidências que pudessem comprometer sua família.
“Um
homem que comete um crime precisa encobrir seus rastros, mesmo que eles sejam
deixados pelos melhores sapatos que o dinheiro poderia comprar.”- pg. 5
Todavia,
Phaedra também estava em uma missão, que envolvia compreender o passado da sua
mãe, uma mulher revolucionária e muito inteligente, que ela admirava e tinha
como exemplo de vida.
Phaedra seguia os passos e preceitos de sua mãe, desde jovem era independente, conversava com homens de igual pra igual e não se importava com regras, não possuía, por exemplo, uma acompanhante para ir e vir em seus passeios pela cidade, que é um fato muito comum entre as jovens mulheres da época, principalmente aquelas que não queriam comprometer sua virtude. Sua aparência também chocava e impressionava a sociedade, pois andava com roupas pretas e com os cabelos ruivos soltos e esvoaçantes. Alguns a admiravam, outros a achavam uma meretriz ou bruxa. Apesar de Elliot estar em uma missão, ele também se rendeu a sua beleza e encanto, e uma paixão avassaladora despertou dentro dele, todavia essa paixão também atingiu Phaedra, que se sentia diferente ao lado de Elliot e não compreendia o poder que aquele homem exercia sobre ela.
Phaedra seguia os passos e preceitos de sua mãe, desde jovem era independente, conversava com homens de igual pra igual e não se importava com regras, não possuía, por exemplo, uma acompanhante para ir e vir em seus passeios pela cidade, que é um fato muito comum entre as jovens mulheres da época, principalmente aquelas que não queriam comprometer sua virtude. Sua aparência também chocava e impressionava a sociedade, pois andava com roupas pretas e com os cabelos ruivos soltos e esvoaçantes. Alguns a admiravam, outros a achavam uma meretriz ou bruxa. Apesar de Elliot estar em uma missão, ele também se rendeu a sua beleza e encanto, e uma paixão avassaladora despertou dentro dele, todavia essa paixão também atingiu Phaedra, que se sentia diferente ao lado de Elliot e não compreendia o poder que aquele homem exercia sobre ela.
“Era
a reação de um homem que a achava vagamente interessante, mesmo desaprovando
sua aparência, suas crenças, sua história, sua família, seu...tudo.”- pg. 15
Um
dos pontos mais interessantes da história é a forma que a mulher é vista na
sociedade daquela época. Em outros romances de época isso também é exposto,
porém acho que nesse romance esse aspecto se acentuou mais, devido a forma de
vida e escolhas da personagem central, que não é uma dama e sim uma mulher
livre e estudiosa. É nítida a diferença da liberdade dos homens e das
limitações das mulheres (que é algo que já melhorou muito, mas que infelizmente
em algumas situações ainda existe). A todo momento os homens da trama querem
estar no controle, e Elliot não é tão diferente, entretanto lidar com Phaedra
não era lidar com qualquer mulher. Foram diversas as vezes que me aborreci
com o protagonista que queria impor limites e regras a moça, principalmente por
julgá-la mal. O que fazia dele um hipócrita, pois o motivo que o levou até ela
foi justamente evitar que falsos boatos comprometessem a imagem de sua família,
portanto acredito que ele pelo menos deveria entendê-la - ou tentar entender- afinal a sociedade a interpretava mal e levantava falsos boatos a respeito dela, e na minha concepção, pelo menos no princípio da história, ele fez o mesmo. Digo
isso, pois não foram poucas as insinuações que ele fez do envolvimento dela com
amizades masculinas, insinuando que ali teria algo mais – e mesmo se houvesse
não seria problema dele não é, pois ela não era nada mais que uma mulher “livre”-
porém, essas atitudes de Elliot me irritaram profundamente, pois me soavam como
ofensas. Entretanto, mesmo com essas adversidades a autora consegue manter um
clima maravilhoso entre os dois, que se torna interessante e divertido. É um
romance quente e sedutor que, pelo que observei, até então, são características
bem presentes nas obras da autora.
“Nunca
interpreto mal os homens, lorde Elliot. Eles são as criaturas mais
transparentes que existem.”- pg. 33
Ao
contrário do volume um, intitulado "As Regras da Sedução", achei que esse romance abordou
melhor o pano de fundo das personagens, suas personalidades e histórias, o que
me deixou mais envolvida com a trama. Madeline Hunter escolheu lugares belíssimos
para ambientar seu romance (como Nápoles, Positano e Pompéia), o que deu um
toque romântico e histórico a obra, afinal há muitos personagens que são
historiadores e estudiosos, portanto essa escolha casou muito bem com a história.
“Conte-nos
de sua casa e como se tornou uma mulher que se aventura sozinha em uma terra
estranha, parecendo uma meretriz de luto que não teme a mão de homem nenhum.”-pg.
89
Posso
afirmar que, depois de ler esse volume, fiquei mais empolgada para finalizar a
leitura da série, não que o primeiro seja ruim, foi até bom, mas Phaedra
Blair não só me encantou como também me inspirou. Acredito que se eu vivesse
naquele tempo também não iria gostar de me sujeitar a tais regras e imposições
que fazia da mulher um ser obediente e frágil. Achei fantástico a postura e
determinação dela em buscar um equilíbrio entre homem e mulher numa época que
essa divisão era tão clara e evidente. O modo de vida dela era uma decisão e
escolha admirável, perigosa e chocante, mas foi justamente sua postura e atitudes que
levou e introduziu na história momentos de aventura, apreensão, indignação e
diversão -e claro um ótimo romance. Super recomendo!!
Eloise G.F
Nem preciso dizer o quanto amo romances de época, não é? Rsrs
ResponderExcluirE essa série já está na minha lista de desejos há muito tempo! Gosto quando temos uma mocinha fora dos padrões, que ponha em cheque os discursos moralistas e a visão de que a mulher deve se sujeitar a tudo que lhe impõem apenas por ser mulher. A Phaedra parece mesmo uma protagonista forte!
E tenho que comentar! Que fotos são essas?! Que coisas mais lindas!! Amei ♥♥♥
Abraços!!
http://bloghistoriasliterarias.blogspot.com.br
Muito Obrigada Cailes, fico feliz que tenha gostado!Então a Phaedra é uma personagem muito forte, determinada e decidida. Gostei muito do desenvolvimento da trama e de seu desfecho, e achei esse volume bem melhor que o primeiro, me surpreendeu, valeu a pena a leitura. Espero que goste quando for ler.
ExcluirBjus!<3